domingo, 5 de outubro de 2014

Sings Big Bill Broonzy - Muddy Waters

Antes de falar do disco "Sing Big Bill Broonzy" é necessário dizer quem é "Big Bill Bronzy".
Bill Broonzy é ninguém menos que William Lee Conley Broonzy, um profílico cantor, compositor e guitarrista de blues norte-americano.
Bill Broonzy tem aquelas histórias clássicas de um garoto negro que saiu do Mississipi e foi tentar a vida em outra cidade. Em 1924 ele deixa a famosa cidade de onde saíram diversos "bluesmen" e vai para Chicago onde aprende tocar guitarra com uma figura chamada Papa Charlie Jackson.
Desde os seus primeiros acordes sua carreira cresceu até atingir seu auge em 1939 na Vocalion Records e em 1945 pela Columbia Records.
Entre suas músicas mais famosas e mais reproduzidas estão "Key to the Highway".
Também nessa época ele tocava em bares do lado sul dos EUA, saiu em turnê com Memphis Minnie durante a década de 30 e excursionou pela Europa no início de 1956.
Em 1938 ele tocou no festival John Hammond's "From Spirituals To Swing", no lugar de Robert Johnson, que havia morrido pouco tempo antes da realização do show.

O estilo de Bronzy leva influencias de Folk, Spirituals, a canção de trabalho, ragtime, Hokum e Country Blues. Ele combina todas essas influências em seu próprio estilo e antecipa o que conheceríamos como "Chicago Blues", popularizado por artistas como Willie Dixon e Muddy Waters

Muddy Waters - Sings Big Bill Broonzy

Sings Big Bill Broonzy é o primeiro disco de estúdio de Muddy Waters. O disco é todo composto com material de Big Bill Broonzy com uma roupagem especial, eletrizado à moda Waters, transpirando a personalidade do típico Blues de Chicago.
Ele foi gravado dois anos depois da morte de Big Bill como uma homenagem. As músicas escolhidas foram Tell Me Baby, Southbound Train, When I Get to Thinking, Just a Dream (On My Mind), Double Trouble, I Feel So Good, I Done Got Wise, Mopper's Blues, Lonesone Road Blues e Hey, Hey.
Todo disco é permeado pela guitarra elétrica de Pat Hare, a voz rasgada de Muddy Waters, uma excelente camada de piano executado por Otis Spann , um interessante acompanhamento de gaita por James Cottom, entre outros músicos que ajudaram a enriquecer o material.
É um excelente disco, sua proposta foi distanciar um pouco o cheiro da poeira do Mississipi presente no som original de Big Bill e se apresentar nas maravilhas tecnológicas e energizantes de uma metrópole como Chicago. Esse disco prova que nessas correntes elétricas, em meios a joules e ampères existe uma coisa chamada "alma" e isso nenhuma tecnologia é capaz de substituir.

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