quinta-feira, 30 de março de 2017

On the Corner (1972) - Miles Davis


Gravado em 1972, ainda seguindo a linha do Fusion que Miles Davis começou a se aventurar no final dos anos 60 em discos como Bitches Brew e Jack Johnson.
A concepção desse disco veio da tentativa de Miles Davis resgatar os jovens afro-americano que estavam abandonando o Jazz e se afeiçoando ao groove mais dançante, mais pulsante e mais sexual do Funk. Convenhamos, era impossível Miles Davis, um músico da velha guarda negra norte-americana, competir com Sly and the Family Stone e James Brown, pelo menos no paladar dos jovens.

On the Corner foi acusado de comercial por tentar se aproximar dessa nova geração. E foi mesmo um disco comercial - e também o melhor disco da história, na minha opinião.

Trata-se de um disco que é ao mesmo tempo Jazz e Funk, uma mistura dialética das duas coisas gerando uma terceira, uma síntese, que acaba não sendo uma coisa nem outra, mas algo coeso e incrivelmente interessante,

O número de músicos talentosos presente nesse disco é simplesmente insuperável. Temos Miles Davis no trompete elétrico, Dave Liebman no saxofone soprano, Carlos Garnett no saxofone soprano e no saxofone tenor, Chick Correa no piano elétrico, Herbie Hancock no piano elétrico e no sintetizador, David Creamer e John McLaughlin nas guitarras, Michael Henderson no baixo elétrico, Collin Walcot e Khail Balakrishna na cítara elétrica, Bennie Maupin no clarinete baixo, Badal Roy na tabla, Jack DeJohnette na bateria, Jabali Billy Hart na bateria e nos bongos, James "Mtume" Foreman e Don Alias na percussão, Paul Buckmaster no violoncelo e outros arranjos e Robert Honablue como engenheiro de som.

A complexidade desse disco não é apenas demonstrada na ostentação dos seus integrantes.

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